Jogos lúdicos e interativos de Educação Financeira já mostram bons resultados nas escolas públicas participantes

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Com monitoramento da equipe do Instituto Brasil Solidário, as escolas participantes do projeto piloto em Educação Financeira, já mostra avanços e bons resultados entre os alunos

Unindo diversão e aprendizado, alunos do Fundamental I e II, das escolas públicas dos municípios de Beberibe, Pindoretama e Cascavel, estão participando de um projeto piloto que visa despertar importantes habilidades em educação financeira, de maneira leve, divertida e interativa. O projeto lançado em junho deste ano, pelo Bank of America Merrill Lynch com apoio do Instituto Brasil Solidário, em três meses de aplicação, já vem apresentando bons resultados entre os alunos e professores das escolas participantes e não só na matemática, mas ainda no quesito comportamento – dentro e fora de sala de aula!

Um jogo de tabuleiro e outro de cartas, que visam exercitar, de forma lúdica, as habilidades de poupar, empreender e investir, fazem parte dessa iniciativa pioneira no Brasil aonde jogos são usados como ferramentas no processo de aprendizagem sobre a temática. Com formatos direcionados para cada idade e etapa escolar, os jogos trazem uma proposta dinâmica e didática de apresentar os desafios recorrentes do dia a dia, desde a estratégia de compra e venda até a tomada de decisões na aplicação dos recursos disponíveis, que podem se multiplicar ou se esgotar de acordo com a ação do jogador. A intenção é unir o entretenimento à uma ferramenta que serve de complemento nas disciplinas já vistas em sala de aula, estimulando o interesse dos alunos em aplicar as práticas adquiridas nos jogos em seu planejamento financeiro pessoal, seja em sua rotina pessoal diária, em família ou visando uma possibilidade futura de empreender.

“Fiquei impressionado como os meus alunos mais agitados, são os que ficam mais centrados quando estão jogando com os colegas, eles dominam o jogo, e outro ponto que achei muito interessante, foi a criticidade dos alunos sobre temas como o consumismo, por exemplo, levei esse assunto para uma das aulas e os próprios alunos começaram a debater o tema e chegaram a citar o que tinham aprendido com os jogos”, pontua o Professor de Formação Humana e História, da Escola Municipal Professora Andrelina Maria de Sousa, do município de Pindoretama/CE.

Buscando alcançar o interesse de diferentes faixas etárias, o projeto, desenvolveu dois jogos, o primeiro “Piquenique”, traz um formato em tabuleiro, com desafios que tratam não só os conceitos de poupar e pagar as continhas ao longo do percurso, mas uma abordagem leve e divertida sobre temas como sustentabilidade e boas práticas, a ideia é conquistar o público entre 6 e 10 anos de idade.

Já o “Bons Negócios”, é um jogo de cartas, que consegue instigar todos os pontos primordiais de um empreendedor, desde a tomada de decisão estratégica à visão de como investir e negociar os itens que estão disponíveis no jogo, este último é voltado para os alunos do Fundamental II, com faixa etária entre 10 e 14 anos.

Na prática, o jogo em teste já alcançou um público para além das definições de faixa etária, professores, familiares e até alunos de grupos diferentes tem mostrado empolgação e interesse em conhecer mais dos dois jogos. “Tenho alunos aqui da escola que pediram para levar para casa e jogar com os pais, nós permitimos e eles voltaram muito empolgados! Sobre a faixa etária, tenho alunos do 7º ano que adoram os jogos Piquenique, e o Bons Negócios, professores e alunos adoram, alguns se fosse possível jogavam todos os dias”, afirma a Professora Neci Rodrigues, da Escola Municipal Professora Andrelina Maria de Sousa, em Pindoretama/CE.

Para a estudante Aparecida Costa, do 8º ano, o jogo “Bons Negócios” instiga a pensar estrategicamente e a refletir sobre como melhorar as formas de consumo no dia a dia. “Gostei muito do jogo, mexe com nossa atenção e o que pensamos sobre economizar, por exemplo, na primeira vez que joguei queria comprar só as coisas que gosto, e a gente faz isso na nossa casa, no mercado, quando quero comprar uma roupa, mas pra ganhar eu preciso economizar, pensar melhor no que preciso comprar, então não basta sair comprando, preciso pensar direitinho para conseguir ganhar o jogo, estou achando muito divertido e já comparo situações da vida real nesse sentido”, enfatizou a estudante.

 

Avaliação e Acompanhamento Pedagógico

Com muitas cores, peças e um formato atrativo para crianças e jovens, o primeiro contato com os jogos “Piquenique” e “Bons Negócios”, sugere um material de diversão e recreativo para os alunos, talvez para ser utilizado nos momentos de intervalo escolar. Porém, a ideia é bem mais completa e produtiva como uma ferramenta pedagógica que pode ser parte do processo de ensino dentro de sala de aula. Por este motivo, a primeira etapa de avaliação, que possui inclusive um “grupo controle”, para efeitos de validação da eficácia de aprendizado a partir do uso dos jogos, dividiu as escolas em grupos e parte deles tem contado com uma equipe do Instituto Brasil Solidário para monitorar o desempenho dos estudantes através do contato com os jogos.

“Os jogos são uma ferramenta lúdica e divertida, mas a proposta é educativa, queremos mensurar o impacto de resultados após os alunos terem contato com os jogos e também se os professores estão conseguindo perceber todo o potencial que podem aproveitar desse material, por isso, para essa primeira fase, estamos avaliando um grupo de escolas que não receberam, outro que recebeu os jogos, só com uma orientação inicial sobre o manual dos jogos e um outro grupo que recebeu os jogos com todas as instruções, sequências didáticas e o direcionamento que pode ser repassado aos alunos”, explica o Presidente do Instituto Brasil Solidário, Luis Salvatore.

A fase de avaliação e monitoramento, será realizada até abril de 2018, onde através dos dados coletados e da percepção vista pelos alunos e educadores, será analisado o impacto da utilização dos jogos e os possíveis ajustes e melhorias que forem necessários. “Nesse primeiro ciclo de visitas nas escolas, nós estamos atentos para orientar, tirar dúvidas e ouvir as sugestões dos professores e alunos, esse registro tem sido feito não só pessoalmente, mas de forma documental, eles podem anonimamente colocarem suas ideias e opiniões sobre o que acharam dos jogos, estamos estimulando a cada visita que todos participem”, afirma o Coordenador da Equipe IBS no monitoramento do Projeto, Sérgio Bosco.

A educação financeira sendo trabalhada no contexto escolar, é um tema atual e já vem sendo sugerido pelo Ministério da Educação do Brasil (MEC) para compor a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Segundo a Secretária de Educação de Pindoretama/CE, Silvia Araújo, trabalhar a educação financeira com a metodologia proposta pelo projeto tem gerado muitas expectativas de bons resultados, principalmente, pela motivação dos educadores sobre a importância de expandir esse debate de forma interdisciplinar.

“A metodologia usada está sendo muito positiva, com esse acompanhamento e até a avaliação em campo, de como está sendo a compreensão dos jogos e seus resultados. Tem muita coisa a ser explorada, não só o pensamento lógico, mas estratégias que envolvem a matemática e a consciência de consumo, para formar um cidadão que não seja compulsivo. Acho que estamos apontando um caminho para formar um adulto promissor, empreendedor e que consiga ter a sua vida financeira bem equilibrada” – ressaltou.

Até o final do processo de avaliação, serão distribuídos cerca de 2 mil jogos em mais de 90 escolas dos municípios de Beberibe, Pindoretama e Cascavel. A expectativa é alcançar em torno de 20 mil alunos por meio desse material. Com todos os ajustes e o alcance dos resultados, a iniciativa pretende expandir a distribuição dos jogos para escolas de todo o território nacional e América Latina.

 

Mais informações para a imprensa:

Gabriela Martins – Assessora de Comunicação

Telefone: (85) 9 99227266

 

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