Saúde, Educação Ambiental, Tecnologias da Informação, Arte e Cultura estiveram de mãos dadas em todas as formações da II Etapa do PDE

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“De forma dinâmica e interativa, alunos e educadores participaram dos três dias de formação levando um tema importante contra o racismo e todas as formas de discriminação dentro da escola”

Educação Ambiental, Saúde, Tecnologias da Informação, Arte e Cultura estiveram de mãos dadas em todas as oficinas dessa segunda etapa do PDE, realizada entre os dias 15 e 17 de agosto, na Escola Desembargador Pedro de Queiroz, em Beberibe/CE. Com participação de mais de 300 alunos, educadores e familiares, dos municípios de Beberibe, Pindoretama e Cascavel, as formações surpreenderam não só em número de participantes, mas em toda a evolução vista em sala de aula. “Eles estavam preparados, estavam inteiros em sala de aula!”, disse Daniele Rodrigues, atriz e responsável pela Oficina de Teatro e Contação de Histórias, que estava em seu primeiro contato com a turma de Incentivo à Leitura.

Desde o início deste ano que a escola vem recebendo as atividades do Programa de Desenvolvimento da Educação PDE, do Instituto Brasil Solidário, e o envolvimento e participação ativa dos educadores nesta segunda etapa, permitiram que os oficineiro explorassem todo o potencial de seus alunos. “Às vezes a limitação está em nós e não nos alunos, acontece de subestimarmos o processo criativo deles, mas esta etapa das oficinas práticas é a prova do grande potencial que esses estudantes possuem e estão só esperando que a escola possibilite que eles desenvolvam em sala”, reforçou o Professor Jefferson Maciel, coordenador pedagógico da cidade de Irecê/BA e educador da Oficina de Educomunicação.

Muitos dos materiais produzidos durante as atividades não conseguiram esperar até o grande evento de encerramento. Em poucas horas de atividade a escola teve seu espaço tomado pelas plaquinhas da Oficina “Emplaque o Bem”. Os alunos de Educomunicação percorriam os corredores fazendo entrevistas para o Jornal Escolar, que foi impresso em menos de 24h, as fotos produzidas em estúdio foram parar nas paredes da escola! Já os materiais da sala Comunidade na Escola, precisou de mais matéria prima, pois nos dois primeiros dias, todas as caixinhas de leite e tecidos preparados para a Oficina já tinham se transformado em bolsas, jarros, e até fantoches, sendo que este último, foi parar na sala de Contação de Histórias, que conseguiu utilizá-los logo no primeiro dia de ensaio. Com tudo isso, uma verdadeira ação integrada e interdisciplinar foi marcada do primeiro ao último momento na escola!

Para a Diretora da Escola Desembargador Pedro de Queiroz, Rosângela Venâncio, que acompanhava todo o movimento, o projeto do IBS, trouxe mais do que ideias para o currículo escolar, conseguiu despertar um vigor e determinação que servirão para toda a vida dos alunos. “O projeto mexeu com toda a escola, mas principalmente, com a vida de nossos alunos, eles se sentem parte de tudo que está sendo construído, estão totalmente envolvidos e ficam perguntando pela próxima atividade, estão participando com sede de aprendizado e protagonismo”, ressaltou.

“Eles foram muito rápidos, foi preciso reunir a turma e coletar mais material”, essa frase foi dita por mais de um oficineiro. E a Educação Ambiental? Estava presente em todas as atividades! Foi necessário coletar mais madeira para a turma de Xilogravura e a Oficina “Emplaque o Bem”. Em Comunidade na Escola, todo o material reciclado era aproveitado, caixinhas de leite, tecidos velhos tudo se transformava em arte. Na sala de Teatro de Bonecos, os primeiros dias, confundiam quem entrava em sala e não sabia o que estava acontecendo, professores e alunos com tesoura, garrafas PET, embalagens plásticas, cola quente e tecido, mas onde estavam os bonecos? Estavam ali, sendo produzidos pelas mãos e imaginação de quem iria logo dar vida aos personagens! Assim, a coleta de materiais reutilizáveis pôde ser vista para além da sala intitulada “Educação Ambiental”.

Mas, tivemos essa Oficina também, em Educação Ambiental, além de uma palestra sobre a coleta seletiva, através do Projeto LEVE – Local de Entrega Voluntária Escolar, que já foi implementado na escola, os alunos e educadores trabalharam sua criatividade e afloraram seu lado artístico para participar das muitas atividades desenvolvidas nesses três dias, que teve ainda a produção de uma história em quadrinhos, que foi para o muro da escola sendo pintado pelos próprios autores da historinha! Esse mesmo muro dividiu espaço com um ambiente preparado para a Saúde na Escola, um “Escovódromo”, local para a prática da prevenção em saúde na escola, cheio de cores e espelhos, também coloridos pelos alunos da Educação Ambiental. O tanque para a escovação foi construído com pneus velhos e bacias de plástico, a um custo baixíssimo. Em sala, os alunos participaram também de um jogo educativo com alunos do curso de engenharia de produção da Faculdade Devry FANOR e técnicos de Crateús, com o conceito de “produção mais limpa”.

Por toda a escola era possível ver algum aluno da educação ambiental com a mão na massa, alguns, literalmente com a mão no barro, construindo uma maquete dentro do conceito da Bioconstrução. “Eu ensino física, química e matemática e a oficina foi um verdadeiro laboratório, que contagiou tanto o ambiente quanto a sensibilidade dos alunos, percebi uma evolução dos alunos na habilidade dos trabalhos que foram desenvolvidos, essa troca é importante até mesmo na relação aluno – professor, além das amplas possibilidades de ser trabalha todas as ciências dentro do que foi passado na oficina, só tenho a agradecer, como professor e como cidadão de estar participando dessas formações”, pontuou o Professor da Escola Desembargador Pedro de Queiroz, Jovenor Lima.

Passando pela Oficina de Música, o som dos primeiros dias era do corte no PVC ou nos pedacinhos de vidro que estavam se transformando em novo instrumento, os alunos conheceram a técnica do “vidrofone” e “garrafone”, que permite não só a participação em todo o processo de construção do instrumento, mas um contato direto com a formação das notas musicais, que muda a cada copinho de água acrescentado na garrafa. “Gostei muito da oficina e achei muito interessante, principalmente, para os alunos que estão iniciando, quando compramos um instrumento as notas já estão prontas, você não sabe como discernir cada uma, e, participando da construção do instrumento, você tem uma noção de como são as notas e qual a diferença entre elas, bem mais simples e divertido de fazer”, disse o estudante Elionay Silva, de 14 anos, que já tem prática com todos os instrumentos de corda.

“Nunca imaginei que um dia iria tocar com garrafas de vidro, ou um instrumento feito de carteiras da escola e pedaços de vidro! Está sendo muito gratificante participar dessa experiência, fiquei impressionada com o que pode ser construído dentro da escola, estou muito animada e feliz de estar fazendo parte da Oficina”, afirmou Sâmia Silva, aluna do Instituto Beatriz e Lauro Fiuza, que toca numa Orquestra com o Violoncelo, um dos mais belos instrumentos eruditos.

A parceria com o Instituto Beatriz e Lauro Fiuza – IBLF, trouxe três alunos da instituição para participarem da Oficina de Música, segundo a Diretora Bia Fiuza, esse intercâmbio de aprendizado é muito rico para o crescimento dos alunos. “A primeira coisa que vi quando entrei na escola foi o sorriso e empolgação deles, fiquei muito feliz, e acho importante que eles queiram participar e vejam que possuem capacidade para partilhar desse conhecimento não só com outros alunos, mas com a equipe do IBLF”, ressaltou.

No Ceará, além do Instituto Beatriz e Lauro Fiuza, o IBS já conta com o apoio de organizações como a Faculdades Nordeste – FANOR e a Associação Caatinga. Os parceiros também estão em diferentes regiões do Brasil. Atualmente, temos apoio de grandes referências em segmentos importantes para o desenvolvimento social como a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade – RAPS, a Comunidade Educativa – CEDAC e a Social Brasilis, de Fortaleza, além do reconhecimento da Rede Folha – Schwab Foundation for Social Entrepreneurship, entre outros.

O Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE) é uma realização do Instituto Brasil Solidário, em parceria com empresas e fundações privadas como: Instituto Samuel Klein, Palmeirinha Ação Social, Machado Meyer Advogados, Tecnisa, OverSeas e Bank of América Merrill Lynch, além do apoio das Prefeituras Municipais dos Municípios de Cascavel, Beberibe e Pindoretama e o Governo do Estado do Ceará – Secretaria das Cidades (Consórcio COMARES).

 

Por uma Escola Sem Preconceitos

Reforçando o compromisso de fazer da escola um espaço de cidadania e transformação social, esta etapa das oficinas ganhou um significado especial para os educadores e alunos dos municípios participantes. Em parceria com o trabalho realizado pelo Projeto “Beberibe Multicor – Um movimento por uma infância sem racismo”, o Instituto Brasil Solidário levou para dentro de todo o processo das formações a temática contra o preconceito, o racismo e outras formas de discriminação.

Valorizando uma obra literária local, a Oficina de Contação de História fez uma abordagem sobre o livro Zaki, de Flávio Marcelo Pinto, publicado pelo Projeto em Beberibe. O autor esteve no primeiro dia de Oficina participando de uma roda de conversa com os educadores, que puderam aprofundar sobre a temática e até tirar dúvidas sobre o enredo do livro. “É uma história real, de um garoto aqui mesmo de Beberibe e a história deixa claro que o personagem é nordestino, achei muito importante essa identificação e valorização da cultura local, foi muito bonito o desenvolvimento da história com os educadores, todos eles conheciam o livro, mas falaram em sala: Agora que eu estou lendo de verdade, de forma aprofundada! Foi surpreendente para eles e altamente estimulante pra mim vê-los despertar um novo olhar sobre a leitura”, enfatizou a atriz Daniele Rodrigues, responsável pela Oficina.

União, igualdade, respeito ao próximo, poderíamos estar falando de uma formação em Cidadania na Escola… E foi! Dentro de todas as linguagens, arte, cultura, educação ambiental, tecnologias da informação… a mensagem estava presente em cada atividade. As palavras positivas de igualdade, tolerância e respeito ganharam vida e cores nas mãos dos pequeninos que estavam na sala do Emplaque o Bem, em letras bem desenhadas, os pedacinhos de madeira com a mensagem foram distribuídos por toda a escola. E essas mesmas plaquinhas foram para a sala de Educomunicação, onde os alunos com enfeites e adereços utilizaram para o ensaio em estúdio, que virou pauta para o Jornal Escolar e a Rádio Escolar. Num ciclo de solidariedade, o assunto foi reforçado a cada intervalo das oficinas, com teatro e apresentações de dança numa bela ação multicor!

 

Multiplicadores

Com a proposta de formar multiplicadores, as formações e atividades realizadas na Escola Desembargador Pedro de Queiroz, em Beberibe/CE, já tem inspirado e motivado coordenadores e professores dos municípios de Pindoretama e Cascavel, que estão participando e acompanhando as ações desde as primeiras atividades.

Segundo o Coordenador da Juventude, da Secretaria de Educação de Pindoretama, Mário Lopes, a cada nova etapa de oficinas práticas, o município tem participado e já aplicado as experiências nas escolas locais. “Nós já começamos com as bibliotecas e as atividades de Comunidade na Escola, estimulando as mesmas formações que estamos acompanhando em Beberibe, as ações de Incentivo à Leitura já estão acontecendo, nossa meta é alcançar todas as 20 escolas da região”, disse o Coordenador.

Em Cascavel, a Secretaria de Educação tem buscado estreitar parcerias com empresas locais para estimular ainda mais a coleta de materiais reutilizáveis, garantindo ainda um material que pode ser reaproveitado nas próprias formações realizadas na escola. “Escolhemos uma escola piloto para começarmos as ações, e já realizamos a Oficina de Música, a cada mês queremos dar continuidade e aplicar uma oficina nova, já estamos planejando a de Educomunicação e, depois de participar da Oficina Emplaque o Bem, achei muito interessante, uma oficina prática, com um significado muito bonito, acho que já podemos planejar para em breve colocar na escola”, ressaltou Júnior Fernandes, técnico da Secretaria de Educação de Cascavel.

Para o Presidente do Instituto Brasil Solidário, Luis Salvatore, a troca de conhecimento e esse trabalho em rede, que vai transformando todo o entorno na escola, é o resultado mais importante e gratificante. “Trazer a comunidade para dentro da escola, debater temas que condizem com a realidade dos alunos, fazer da escola um espaço de cidadania e conseguir despertar nos alunos o interesse em participar das atividades, sem obrigações, e sim com sede de conhecimento, com certeza é o caminho que estamos buscando para uma educação de qualidade, seja o IBS estando presente, ou mesmo os educadores multiplicando essas ações Brasil à fora”, ressaltou Luis Salvatore.

 

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